domingo, 29 de julho de 2007

COMUNICAÇÃO POUCO AMIGÁVEL

O “sempre contactável” e a possibilidade de facilmente entrar em contacto com terceiros, muitas vezes para situações de emergência, potenciados por uma ação de marketing intensiva no espaço global fez com que, hoje em dia, existam operacionais em média em Portugal mais de um equipamento por habitante.

Contudo, o tele móvel é um meio de comunicação pouco amigável, diria mesmo que é agressivo.

Cria entre as pessoas uma autêntica ditadura da comunicação. Por um lado os seus detentores sentem-se na obrigação de tê-lo sempre operacional, por outro lado terceiros “exigem” obter uma resposta quando efetuam um contacto. Cria-se assim um elo de obrigatoriedade, embora assumida, que subscreve a referida ditadura.

Deixou de haver espaço de intimidade, hora de refeição, concentração na condução automóvel, justificado pelo “sempre operacional” tanto ao gosto dos tecnocratas e daqueles que encobrem a falta de competência e o espírito individualista e egoísta por esse falacioso chavão.

A adição torna-se de tal forma grave que se criam situações dramáticas e de desespero, se pinta quadros de preocupação pela saúde e bem estar dos familiares quando do outro lado se não obtém resposta. Razão tão simples como falta de rede, bateria descarregada, saldo disponível esgotados podem ser as razões da ausência da resposta.

O tele móvel vendido como panacéia para todas as necessidades de comunicação tem sido o grande vencido nas situações de fogo florestal (os governantes deste País dizem ignições!!!!) que dramaticamente têm fustigado PORTUGAL e Na verdade com as células desativadas pelo fogo não há tele móvel que salve as comunicações.

Não sou saudosista, mas que falta fazem as radiocomunicações de todos com a Faixa do Cidadão E no Brasil também ocorrem estas coisas.

Quem reedita e escreve operador Marcelo estação vale do sol PX1W6229 Base por
São Gonçalo - Rio de Janeiro Brasil

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